Em reunião realizada na última quarta-feira (11), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, recebeu lideranças de setores industriais intensivos em energia de várias regiões do Brasil, incluindo representantes da indústria cerâmica, entre eles o presidente do Conselho istrativo da ASPACER, Eduardo Roncoroni Fior; o presidente do Conselho istrativo da ANFACER, Sergio Wuaden; o vice-presidente da ANFACER e da ASPACER, Benjamin Ferreira Neto; e o diretor de Relações Institucionais da ASPACER e consultor da ANFACER, Luís Fernando Quilici.
A reunião teve como foco principal os altos custos associados ao escoamento e transporte do gás natural no país. O ministro Alexandre Silveira afirmou que não há justificativa para o valor médio atual de US$ 16 por milhão de BTU, considerado excessivo diante das condições do mercado. Segundo Silveira, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) estaria em atraso na regulamentação que poderia equilibrar esses preços, afetando diretamente a competitividade da indústria nacional. O governo federal sinalizou a intenção de resolver as distorções no setor até dezembro, quando será realizado o primeiro leilão de gás da União.
De acordo com Quilici, uma das diretrizes apresentadas pelo Ministério de Minas e Energia é fortalecer a atuação da ANP na regulação dos preços do transporte de gás e combater os altos valores praticados no escoamento e processamento do GN. “A participação ativa da ASPACER e da ANFACER nesta agenda reforça o engajamento do setor cerâmico nacional em busca de uma matriz energética mais eficiente e ível — condição fundamental para assegurar a sustentabilidade econômica da indústria, ampliar investimentos e fomentar a geração de empregos. Apoiamos fortemente o papel do MME na busca de soluções para termos um gás com preço justo”, destacou Quilici.
Ele também lembrou que, o segmento de revestimentos cerâmicos é, atualmente, o segundo maior consumidor industrial de gás natural no Brasil.
(Foto: Ricardo Botelho/MME)
