Na construção civil, custos dos insumos se estabilizaram, em patamar muito elevado 2v3k2s

05/04/2024 - Postado em Construção 6r6n2e

O setor de construção civil vem registrando certa estabilidade de preços no custo dos insumos desde 2023, após alta de quase 60% nos últimos quatro anos, segundo pesquisa da FGV-SP, divulgada no primeiro dia do 98º ENIC | Engenharia & Negócios, durante a apresentação do O cenário atual do preço dos insumos da construção. O 98º Encontro Nacional da Indústria da Construção é realizado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), dentro da FEICON, com o apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e do Serviço Social da Indústria (Sesi). 
Os debatedores apontaram, contudo, um patamar ainda muito elevado dos custos, algo que gera um impacto não só entre os empresários do setor, mas sobretudo social: a aquisição de imóveis ficou mais cara para o consumidor. 
Ieda Vasconcelos, economista-chefe do Comitê de Economia da CBIC, apresentou os números recentes do custo do setor da construção, chamando atenção para as despesas com material e equipamento, que subiram 58,31%, entre janeiro de 2020 a fevereiro de 2024. “Desde de meados de 2022, percebemos uma maior estabilidade nas altas dos insumos, mas isso não significou queda de preços que não voltaram para os valores anteriores à pandemia, ressaltou Vasconcelos, que também mediou as discussões do . 
Fatores como pandemia de Covid-19, questões geopolíticas, como a Guerra entre a Rússia e a Croácia, além do problema da falta de mão de obra no país foram apontados como fatores que impactam o crescimento do setor. “Há um deslocamento entre o preço dos imóveis e a renda dos brasileiros. São menos pessoas adquirindo moradias. É uma estratégia ruim, mas a situação econômica não acompanha”, ressaltou Renato Michel, presidente do Comitê de Economia da CBIC e presidente do Sinduscon/MG, que dividiu com Ieda Vasconcelos a moderação do . 
A perspectiva de uma queda gradativa da Selic para 2024, em torno de 9%, é um fator positivo para o setor. Mas não será suficiente. A decisão dos gestores na cadeia de compra de insumos nessa área requer decisões estratégicas. “Precisamos de uma eficiência na compra”, defendeu Cíntia Tertuliano, Head de Produto Senior Sistemas, que abordou o uso da inteligência artificial, entre outras ferramentas, para ajudar nesse processo. Tertuliano apresentou cases de empresas nos quais houve monitoramento voltados para eficiência nas decisões de compra. 

Fonte: CBIC

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