Embora o PIB da construção tenha se retraído no primeiro trimestre, a atividade do setor deverá seguir crescendo moderadamente ao longo de 2023. Este crescimenato se deverá a fatores como algum fôlego da construção imobiliária, o maior volume de investimentos em infraestrutura e a reestruturação do programa Minha Casa, Minha Vida.
Este foi o cenário vislumbrado na Reunião de Conjuntura do SindusCon-SP, conduzida pelo vice-presidente de Economia, Eduardo Zaidan, em 7 de junho.
Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção do FGV/Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas), mostrou em sua apresentação que a construção se recuperou expressivamente ao longo da pandemia, mas que este movimento perdeu força a partir do final do ano ado.
Mesmo com a retração de 0,8% do PIB da construção no primeiro trimestre de 2023, no acumulado de 12 meses persiste o aumento de 5,3%. O que está por trás desta queda é a menor atividade de autoconstrução e reformas, conforme mostram os dados da ocupação e da produção de materiais de construção, explicou.
Segundo a economista, a atividade da construção formal registra crescimento no primeiro trimestre, especialmente em São Paulo, e mais nos setores de edificações e de serviços especializados. De acordo com Ana Maria, uma maior atividade da infraestrutura poderá contribuir para elevar novamente o consumo de materiais, como o cimento.