Setor da construção deve reagir em 2018 463g4g

01/12/2017 - Postado em Construção 162k3c

O SindusCon-SP estima um crescimento de 2% no Produto Interno Bruto (PIB) da construção brasileira para 2018, conforme dados divulgados em coletiva à imprensa no último dia de novembro. A regional Campinas, que atende 79 cidades do interior de São Paulo, representa 11% da construção do estado de São Paulo e fechou outubro com 74.459 postos de trabalhos com carteira assinada.

Apesar da boa notícia, o setor deverá fechar 2017 com queda de 6,4%. A estimativa significa uma mudança de panorama em relação ao início do ano, quando o cenário apontava elevação de 0,5% no PIB da construção.

“É notável que a construção civil teve um ano difícil e sentimos isso tanto na quantidade de obras quanto na redução das vagas de emprego. Ainda assim, temos uma projeção positiva para 2018 mas, sobretudo, uma projeção realista”, explica o diretor da regional do SindusCon-SP em Campinas, Marcio Benvenutti.

Para atingir essa alta de 2%, o cenário base considera um PIB Brasil de 2,5%, segundo dados da FGV em parceria com o SindusCon-SP. As perspectivas para 2018 contemplam o aumento no número de empregos e na confiança do empresário da construção; melhorias no mercado imobiliário, no tocante à lançamentos, vendas e distratos (quando uma venda é concretizada e cancelada em seguida); aumento nas contratações de empreendimentos do Minha Casa Minha Vida (MCMV), realizadas nos últimos meses de 2017 com reflexo em 2018.

Benvenutti também destacou as ameaças para o setor, no próximo ano: “Nos últimos três anos a construção perdeu cerca de 1,1 milhão de trabalhadores e essa recuperação requer cautela e estabilidade. As incertezas políticas, o quadro fiscal preocupante e a dificuldade do governo em promover reformas em ano eleitoral são ameaças diretas a possibilidade de retomada da construção em 2018”.

Em levantamento realizado pelo SindusCon-SP com cerca de 700 empresas do setor no Brasil, chamado de Sondagem da Construção, a expectativa de melhora no setor para o empresário em novembro atingiu 89,4%. Na sondagem de novembro de 2016, essa confiança era de apenas 37,2%. “A confiança é essencial para o empresário decidir investir. Entre 2016 e 2017, o governo deixou de investir em pastas essenciais e isso afeta o setor. No Ministério das Cidades a queda foi de 50% nos investimentos”, analisa o diretor da regional Campinas.

Seguindo a tendência de queda ao final do ano, a construção na região de Campinas teve queda em sete das oito cidades pesquisadas pelo SindusCon-SP. Apenas Valinhos obteve saldo positivo em outubro, período a que se refere a pesquisa.

(Outubro de 2017)
Cidades Comparação Outubro/2016 Comparação Set/2017 Total de vagas out Acumulado Jan-Out
Absoluto Variação (%) Absoluto Variação (%)
Americana -164 -3,87 -25 -0,61 4.077 -0,12
Campinas -1.553 -0,46 -67 -0,35 18.958 3,03
Indaiatuba -1.011 -16,84 -112 -2,19 4.991 -16,95
Limeira -683 -14,73 -56 -1,40 3.953 -13,21
Paulínia -61 -4,51 -73 -5,35 1.292 -8,55
Piracicaba -994 -14,37 -40 -0,67 5.924 -12,37
Rio Claro -377 -13,98 -10 -0,37 2.720 -7,15
Valinhos -57 -4,22 31 2,45 1.294 3,91

 

Em comparação com setembro deste ano, Campinas registrou queda de 67 vagas formais na construção e fechou o mês de outubro com estoque de 18.958 vagas de trabalho e um acumulado (janeiro a outubro) de 3,03%.

Em Americana, a queda foi de 25 vagas formais e fechou o mês de outubro com estoque de 4.077 vagas de trabalho. O acumulado (janeiro a outubro) foi de -0,12%.

Em Indaiatuba, a queda foi de 112 vagas formais e fechou o mês de outubro com estoque de 4.991 vagas de trabalho. O acumulado (janeiro a outubro) foi de -16,95%.

Em Limeira, a queda foi de 56 vagas formais e fechou o mês de outubro com estoque de 3.953 vagas de trabalho. O acumulado (janeiro a outubro) de -13,21%.

Em Paulínia, a queda foi de 73 vagas formais e fechou o mês de outubro com estoque de 1.292 vagas de trabalho. O acumulado (janeiro a outubro) de -8,55%.

Em Piracicaba, a queda foi de 40 vagas formais e fechou o mês de outubro com estoque de 5.924 vagas de trabalho. O acumulado (janeiro a outubro) de -12,37%.

Em Rio Claro, a queda foi de 10 vagas formais e fechou o mês de outubro com estoque de 2.720 vagas de trabalho. O acumulado (janeiro a outubro) de -7,15%.

Em Valinhos, houve geração de 31 vagas formais e o mês de outubro fechou com estoque de 1.294 vagas de trabalho. O acumulado (janeiro a outubro) de 3,91%.

Fonte: Assessoria de Imprensa SindusCon-SP/Regional Campinas