Indústria de materiais acumula queda de 7% em 2017 5v2564

13/06/2017 - Postado em Construção 391xu

O Índice da ABRAMAT – Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Construção – de maio mostra que as vendas continuam negativas, principalmente pelo alto nível do desemprego, dificuldades com crédito e a crise política que afetam a confiança dos agentes econômicos, postergando o consumo e os investimentos no setor. O faturamento total das vendas dos materiais de construção caiu 6,6% no mês de maio em relação ao mesmo mês de 2016. Já o acumulado dos últimos 12 meses apontou queda um pouco mais intensa de 8,9%. O crescimento de 8,8% em maio comparado ao mês anterior se explica pelo número de dias úteis maior no mês corrente.

Em se tratando de emprego na indústria de materiais de construção, o Índice revela que maio apresentou queda de 5,4% na comparação com o mesmo mês de 2016, e a variação acumulada de 12 meses mostra retração de 7,9%.

TOTAL % de maio/17 comparado a abril/17 % de maio/17 comparado a maio/16 Acumulado no ano Acumulado 12 meses (Móvel)
Faturamento Deflacionado 8,8% -6,6% -7,0% -8,9%
Emprego 0,1% -5,4% -6,4% -7,9%

 “Embora o varejo de materiais apresente um crescimento nesses primeiros meses do ano, os segmentos do imobiliário e da infraestrutura continuam com queda expressiva nas vendas por conta da instabilidade política e de fatores como desemprego e política de juros pouco atrativa. Nossa expectativa mais otimista é de um início de recuperação nesses segmentos (imobiliário e infraestrutura) a partir do segundo semestre”, revela Walter Cover, presidente da ABRAMAT.

Para o segmento de base e acabamento, o faturamento das vendas dos materiais, em maio frente ao mesmo mês de 2016, apresentou variações de -6% e de -7,5% respectivamente. Já o acumulado no ano, encerrado em maio, apresentou queda de 7,1% para base e 6,9% para acabamento.

 Apesar de maio ter encerrado com variação negativa de 7%, no acumulado do ano, Walter Cover destaca que o valor está próximo com a progressiva desaceleração das quedas que acontecem desde a segunda metade de 2016. “Enxergamos um cenário pouco mais animador, na qual as projeções apontam para uma estabilidade ainda este ano. Claro, dependendo de fatores como emprego e estabilidade política, por exemplo”, finaliza o executivo.

Fonte: ABRAMAT